Tópicos Abordados no Artigo:
O que são Figuras de Linguagem? Categorias Principais das Figuras de Linguagem Principais Figuras de Linguagem que Podem Cair no Concurso SMV-RM2 Figuras de Palavras: Metáfora; Comparação (ou Símile); Metonímia; e Sinestesia. Figuras de Pensamento: Ironia; Antítese; Paradoxo; Eufemismo; e Hipérbole. Figuras de Construção: Elipse; Zeugma; Anáfora; e Polissíndeto. Figuras de Som (ou Harmonia): Aliteração; Assonância; Onomatopeia; e Paronomásia. Estratégias para Identificar Figuras de Linguagem na Prova Simulado Comentado no modelo das Provas SMV Conclusão |
As figuras de linguagem são um dos elementos mais importantes no estudo do português para concursos públicos, incluindo o SMV-RM2 da Marinha. Elas aparecem frequentemente em questões de interpretação de textos, análise literária e até mesmo em tópicos relacionados à coesão e coerência textual. Por isso, compreendê-las e saber como identificá-las pode ser o diferencial na sua prova.
Nos textos literários, as figuras de linguagem cumprem um papel fundamental ao enriquecer a comunicação e transmitir ideias de forma mais expressiva e criativa. Contudo, em questões de concursos, o desafio está em identificar como esses recursos foram usados e qual é o impacto deles no contexto. Saber diferenciar uma metáfora de uma metonímia, por exemplo, pode parecer simples, mas é algo que exige prática e atenção aos detalhes do enunciado.
Este artigo tem como objetivo revisar as principais figuras de linguagem que costumam aparecer no concurso SMV-RM2, explicando como reconhecê-las e aplicá-las no contexto da prova. Além disso, você encontrará dicas práticas e exemplos que irão ajudá-lo a consolidar seu aprendizado. Prepare-se para aprimorar sua interpretação textual e garantir um desempenho mais sólido na parte de português!
O que são Figuras de Linguagem?
As figuras de linguagem são recursos estilísticos utilizados para enriquecer a comunicação, tornando-a mais expressiva, criativa e, muitas vezes, envolvente. Elas surgem, especialmente, em textos literários e publicitários, mas também podem aparecer em discursos do dia a dia. Esses recursos permitem transmitir ideias de forma mais impactante, indo além do sentido literal das palavras para criar novos significados, destacar emoções ou dar ritmo ao texto.
No contexto de uma prova como a do SMV-RM2 da Marinha, as figuras de linguagem são frequentemente empregadas para testar a capacidade do candidato de interpretar o efeito estilístico ou semântico de trechos de texto. Assim, reconhecê-las não é apenas uma questão de conhecimento teórico, mas também de análise prática.
Categorias Principais das Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são organizadas em quatro grandes categorias:
- Figuras de Palavras (ou Tropos): Referem-se ao uso das palavras em sentido figurado, alterando seu significado habitual.
Exemplos: metáfora, metonímia, comparação, sinestesia. - Figuras de Pensamento : Estão relacionadas ao conteúdo da mensagem e à forma como as ideias são apresentadas.
Exemplos: antítese, paradoxo, ironia, hipérbole, eufemismo. - Figuras de Construção (ou Sintaxe): São voltadas à estrutura da frase, alterando sua ordem ou repetindo elementos para criar efeitos estilísticos.
Exemplos: elipse, polissíndeto, pleonasmo, hipérbato. - Figuras de Som: Exploram o uso dos sons para gerar efeitos sonoros ou harmônicos. Exemplos: aliteração, assonância, onomatopeia, paronomásia. Compreender essas categorias é o primeiro passo para identificar com segurança as figuras de linguagem na prova. Nos tópicos a seguir, vamos aprofundar os conceitos e oferecer exemplos práticos para facilitar sua revisão. As figuras de linguagem são recursos estilísticos usados na língua portuguesa para tornar a comunicação mais expressiva, enfatizar ideias ou criar efeitos de sentido. Elas são divididas em categorias, como figuras de palavras, pensamento, construção e som. Aqui está uma lista das principais figuras de linguagem em cada categoria:
Resumo das Principais Figuras de Linguagem: | |||
Figuras de Palavras (ou Tropos) | Figuras de Pensamento | Figuras de Som (ou Harmonia) | Figuras de Construção(ou Sintaxe) |
Relativas ao significado das palavras. | Relacionadas ao conteúdo ou à ideia. | Relacionadas ao uso de sons. | Relacionadas à organização das palavras na frase. |
Metáfora: Comparação implícita entre dois elementos. Ex.: Ela é uma estrela em tudo o que faz. Comparação (ou Símile): Comparação explícita, geralmente com conectivos como “como”, “tal qual”, etc. Ex.: Seus olhos brilham como diamantes. Metonímia: Substituição de um termo por outro com relação de proximidade. Ex.: Li Machado de Assis (obra pelo autor). Catacrese: Uso de uma palavra fora de seu sentido literal por falta de um termo próprio. Ex.: O braço da cadeira quebrou. Sinestesia: Mistura de sensações de sentidos diferentes. Ex.: Sua voz doce acalmou meu coração. Antonomásia (ou Perífrase): Substituição de um nome por uma expressão que o caracteriza. Ex.: O rei do futebol (Pelé). | Ironia: Afirmação do contrário do que se quer dizer, com intenção crítica ou humorística. Ex.: Que ideia brilhante esquecer a chave dentro de casa! Hipérbole: Exagero para intensificar uma ideia. Ex.: Estou morrendo de fome. Eufemismo: Suavização de uma ideia desagradável. Ex.: Ele descansou (morreu). Litotes: Uso de uma negação para suavizar ou afirmar algo. Ex.: Não foi uma apresentação ruim. Paradoxo: Apresentação de ideias aparentemente contraditórias. Ex.: O pra sempre, sempre acaba. Antítese: Oposição entre ideias. Ex.: O amor e o ódio caminham juntos. Prosopopeia (ou Personificação): Atribuição de características humanas a seres inanimados ou irracionais. Ex.: As estrelas sorriam no céu. Gradação: Apresentação de ideias em sequência crescente ou decrescente. Ex.: Acordei, levantei, corri e conquistei meus sonhos. | (Figuras de Som tem menor probabilidade de aparecer na prova por não se relacionar com a norma culta) Aliteração: Repetição de sons consonantais. Ex.: O rato roeu a roupa do rei de Roma. Assonância: Repetição de sons vocálicos. Ex.: É uma rara arara. Onomatopeia: Representação de sons por meio de palavras. Ex.: O tique-taque do relógio ecoava na sala. Paronomásia: Uso de palavras de sons parecidos, mas com significados diferentes. Ex.: Conhecer as manhãs e as manhãs. | Elipse: Omissão de um termo que pode ser identificado pelo contexto. Ex.: Na sala, apenas duas pessoas (omissão de “havia”). Zeugma: Tipo de elipse em que o termo omitido já apareceu antes na frase. Ex.: Eu gosto de cinema; ela, de teatro. Polissíndeto: Repetição de conjunções. Ex.: E canta, e dança, e se diverte. Assíndeto: Ausência de conjunções. Ex.: Corri, gritei, chorei. Anáfora: Repetição de palavras no início de versos ou frases. Ex.: Se você canta, se você dança, se você brilha. Hipérbato: Inversão da ordem natural das palavras. Ex.: Doidas andam as crianças pela sala. Pleonasmo: Repetição enfática de uma ideia. Ex.: Subir para cima. Silepse: Concordância com a ideia e não com a forma gramatical. Ex.: A multidão gritava eufórica (concordância com “pessoas”, implícito). |
Figuras de Palavras
As figuras de palavras, também conhecidas como tropos, são aquelas que envolvem o uso das palavras em um sentido figurado, criando novos significados e enriquecendo o texto. São amplamente usadas para chamar atenção e transmitir emoções em textos. Vamos revisar as mais recorrentes:
- Metáfora : Representa uma coisa de forma simbólica, sem usar palavras de comparação explícitas, consiste em uma comparação implícita entre dois elementos diferentes, mas que compartilham alguma semelhança. Não utiliza conectivos comparativos como “como” ou “tal qual”. Exemplo: “O coração dela é um oceano de segredos.” Aqui, o coração é comparado a um oceano, sugerindo profundidade e mistério. Dica para identificar: Procure por expressões que substituem um termo por outro de forma figurada, sem explicitar a comparação.
- Comparação (ou Símile) : Diferente da metáfora, a comparação é explícita e utiliza conectivos para estabelecer a relação entre os elementos. Estabelece uma relação explícita entre duas coisas, usando palavras como “como” ou “que”. Exemplo: “Ele correu rápido como um guepardo.” Há uma relação direta entre a velocidade do homem e a do guepardo, evidenciada pelo uso de “como”. Dica para identificar: Busque palavras como “como”, “tal qual”, “parecido com” e outras que indiquem o ato de comparar.
- Metonímia: A metonímia substitui uma palavra por outra com base em uma relação de proximidade ou associação lógica. Exemplo: “Li Machado de Assis no fim de semana.” Aqui, “Machado de Assis” representa a obra escrita por ele, substituindo o autor pelo produto de seu trabalho. Dica para identificar: Procure substituições baseadas em relações como autor pela obra, continente pelo conteúdo, causa pelo efeito, e assim por diante.
- Sinestesia: A sinestesia mistura sensações de diferentes sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato) para criar um efeito sensorial único. Exemplo: “Ela tinha uma voz doce e acolhedora.” Mistura-se a audição (voz) com o paladar (doce) para expressar a sensação agradável provocada pela voz. Dica para identificar: Fique atento à prese.
Figuras de Pensamento
As figuras de pensamento estão ligadas às ideias expressas no texto, refletindo a maneira como o autor transmite seu conteúdo e suas intenções. Elas revelam as contradições, exageros ou sutilezas do pensamento humano e são muito usadas em textos argumentativos, literários e também nas questões de interpretação no concurso SMV-RM2. Vamos ver as figuras de pensamento mais comuns que você deve dominar:
- Ironia: A ironia é uma figura de pensamento que consiste em dizer algo, mas com o intuito de se entender o oposto, gerando um efeito de contradição entre as palavras e o sentido real. É uma forma de expressão que carrega um tom de crítica ou sarcasmo. Exemplo: “Nossa, que ótimo! Acabei de perder meu celular.” A frase sugere um sentido contrário ao que é dito, já que perder o celular, na realidade, não é nada ótimo. Dica para identificar: A ironia geralmente é marcada pelo contraste entre o que é dito e o que é esperado ou desejado. Fique atento ao tom do texto para perceber quando o autor está usando um sentido contrário ao explícito.
- Antítese: A antítese envolve a aproximação de palavras ou ideias opostas para destacar a diferença entre elas. Ela cria um contraste entre elementos que se contrapõem, reforçando a ideia de oposição. Exemplo: “O amor e o ódio coexistem em nossos corações.” A oposição entre “amor” e “ódio” destaca o contraste entre essas duas emoções. Dica para identificar: Procure por pares de palavras ou expressões que se opõem dentro do texto, criando um efeito de contraste evidente.
- Paradoxo: O paradoxo é uma figura de pensamento que apresenta uma ideia aparentemente contraditória, mas que, ao ser analisada, revela uma verdade profunda ou interessante. Ao contrário da antítese, o paradoxo envolve uma aparente incoerência que, na verdade, expressa uma realidade complexa. Exemplo: “Menos é mais.” Embora seja contraditório à primeira vista, o paradoxo nos faz refletir sobre a ideia de que, às vezes, a simplicidade ou a ausência de excessos pode resultar em algo mais valioso. Dica para identificar: Fique atento a frases que causam estranhamento ou que parecem não fazer sentido lógico imediato. Elas podem ser paradoxais, oferecendo uma reflexão mais profunda.
- Eufemismo: O eufemismo é uma figura que suaviza ou atenua uma ideia ou expressão que poderia ser considerada grosseira, desagradável ou chocante. Ele busca tornar o discurso mais leve ou educado. Exemplo: “Ele foi convidado a se retirar da empresa.” No lugar de dizer que a pessoa foi demitida, o eufemismo usa a expressão “convidado a se retirar” para suavizar a situação. Dica para identificar: Procure por termos ou expressões que tentam suavizar realidades duras ou negativas, como falecer (em vez de morrer), dificuldades financeiras (em vez de pobreza), etc.
- Hipérbole: Exagera a descrição de algo para dar ênfase ou criar uma destaque emocional. A hipérbole é o exagero intencional de uma ideia para causar impacto ou enfatizar uma característica. É uma das figuras de linguagem mais comuns em discursos enfáticos e literários. Exemplo: “Eu já te falei um milhão de vezes!” A ideia de “um milhão de vezes” é exagerada, mas serve para enfatizar a frequência com que a pessoa já falou algo. Dica para identificar: Fique atento a frases que exageram as qualidades de algo ou alguém, como “tantas vezes”, “uma eternidade”, “tão grande quanto o mundo”, etc.
Essas figuras de pensamento são amplamente usadas em textos literários e discursos. Nas questões do SMV-RM2, podem ser cobradas com objetivo de testar a habilidade do candidato em interpretar significados implícitos, contradições e exageros. Compreender a ironia, a antítese, o paradoxo, o eufemismo e a hipérbole vai ajudá-lo perceber a mensagem por trás das palavras.
Figuras de Construção
As figuras de construção estão relacionadas à estrutura da frase ou à maneira como as palavras são organizadas para criar efeitos estilísticos. Elas não alteram diretamente o significado das palavras, mas modificam a construção das sentenças, gerando impactos no ritmo, na ênfase ou no entendimento do texto. Essas figuras são comuns em textos literários e, no concurso SMV-RM2, são frequentemente abordadas em questões que exigem a análise sintática e estilística dos enunciados. Vamos conhecer as principais figuras de construção que você pode encontrar na prova:
- Elipse: A elipse consiste na omissão de uma ou mais palavras que são facilmente subentendidas pelo contexto. Ela é utilizada para evitar repetições ou tornar a frase mais fluída e dinâmica. Exemplo: “Fui ao mercado e ela, à escola.” A omissão do verbo “foi” na segunda parte da frase é subentendida pelo contexto, criando um ritmo mais enxuto e econômico. Dica para identificar: Verifique se há palavras faltando em uma oração que são claras devido ao contexto. A elipse é uma forma de simplificar o texto sem perder o sentido.
- Zeugma: O zeugma é uma figura de construção semelhante à elipse, mas, ao contrário desta, ocorre quando se omite um termo que foi mencionado anteriormente, normalmente em um par de palavras ou expressões. Ele é mais comum quando há uma relação de semelhança entre as ideias ou ações que o verbo ou substantivo se aplica. Exemplo:
“Eu gosto de música; ela, de dança.” Aqui, o verbo “gostar” é subentendido na segunda parte da frase, criando uma economia de palavras e mantendo a coesão. Dica para identificar: zeugma se dá pela omissão de um termo que já foi expresso antes. Preste atenção em orações que apresentam repetições desnecessárias de palavras ou expressões. - Anáfora: A anáfora é a repetição de uma palavra ou expressão no início de frases ou versos sucessivos. Essa repetição cria um efeito de ênfase ou reforço da ideia, tornando-a mais marcante e expressiva. Exemplo: “Eu canto, eu sou livre, eu sou feliz.” A repetição da palavra “eu” no início das orações dá ênfase ao sujeito e ao seu estado de espírito. Dica para identificar: A anáfora é facilmente reconhecida pela repetição de um termo ou expressão no início de frases ou partes de um texto. Ela é uma técnica muito comum em discursos e poesias.
- Polissíndeto: O polissíndeto é a repetição excessiva de conjunções em uma frase, o que provoca um ritmo mais lento e uma sensação de sobrecarga, enfatizando a quantidade ou a intensidade dos elementos listados. Exemplo: “Ele comprou pão e leite e queijo e frutas e carne.” A repetição da conjunção “e” torna a frase mais pesada e destaca a ideia de que o sujeito adquiriu diversos itens. Dica para identificar: Preste atenção na repetição de conjunções (como “e”, “mas”, “ou”) em uma mesma sequência. O polissíndeto dá um ritmo mais carregado ao texto, destacando a intensidade das ações ou ideias.
As figuras de construção são essenciais para entender como o autor organiza e articula as ideias, criando diferentes efeitos estilísticos e expressivos. No SMV-RM2, compreender a elipse, o zeugma, a anáfora e o polissíndeto vai ajudar você a identificar a estrutura das frases e analisar como a repetição, a omissão e a organização das palavras podem alterar um texto.
Figuras de Som (ou Harmonia)
As figuras de som, ou harmonia, envolvem o uso dos sons das palavras para criar efeitos sonoros específicos, que podem intensificar a expressividade de um texto e transmitir emoções ou atmosferas. Elas são frequentemente utilizadas em poesias, músicas e textos literários, sendo muito presentes nas questões de interpretação de textos, especialmente aquelas que envolvem análise de poesia, no concurso SMV-RM2. Vamos entender melhor como cada uma dessas figuras funciona e como elas podem aparecer na prova.
- Aliteração: A aliteração é a repetição de sons consonantais em uma sequência de palavras. Esse recurso cria um efeito sonoro marcante, que pode sugerir ritmos, sentimentos ou até mesmo a característica de um ambiente. A aliteração é muito comum em poesias, porque ela ajuda a dar musicalidade ao texto. Exemplo: “O rato roeu a roupa do rei de Roma.” A repetição do som “r” cria uma sonoridade que torna a frase mais envolvente e memorável. Dica para identificar: Procure por palavras que compartilham o mesmo som consonantal repetido em sequência. A aliteração é facilmente identificada pela musicalidade que ela traz ao texto.
- Assonância: A assonância é a repetição de sons vocálicos, ou seja, as vogais, em palavras próximas ou em uma sequência dentro do texto. Assim como a aliteração, a assonância também cria uma musicalidade, mas com ênfase nas vogais, e pode gerar um efeito harmônico ou melódico. Exemplo: “A alma que o silêncio acalma.” A repetição do som da vogal “a” nas palavras “alma” e “acalma” gera uma sonoridade suave e harmônica. Dica para identificar: Fique atento à repetição de sons vocálicos nas palavras próximas. A assonância gera uma sensação de fluidez e pode ser mais sutil do que a aliteração, mas igualmente eficaz em criar um ritmo poético.
- Onomatopeia: A onomatopeia é a figura de linguagem que imita sons naturais, fazendo com que a palavra tenha uma sonoridade que lembra o som real que ela descreve. Esse recurso é frequentemente usado para dar vida a cenários, personagens ou ações em textos narrativos e poéticos. Exemplo: O relógio fazia tic-tac incessante.” A palavra “tic-tac” imita o som do relógio, proporcionando uma representação sonora do objeto ou ação descrita. Dica para identificar: Verifique se há palavras que imitam sons reais, como o “barulho” de animais, objetos ou ações (exemplo: “miau”, “bum”, “splash”). Elas adicionam uma qualidade auditiva ao texto.
- Paronomásia: A paronomásia é a utilização de palavras que são foneticamente semelhantes, mas têm significados diferentes. Esse recurso pode criar um efeito de humor, ironia ou apenas reforçar uma ideia de forma criativa. Exemplo: “O cansaço do cansaço é o descanso do descanso.” A repetição de palavras com sons semelhantes, mas significados diferentes, cria um jogo de palavras interessante e reflexivo. Dica para identificar: A paronomásia é fácil de reconhecer pelo som semelhante entre palavras que, apesar de parecerem iguais, têm significados distintos. Fique atento a essas combinações que criam jogos de sentido.
Resumo e Aplicação na Poesia
As figuras de som são especialmente eficazes em textos poéticos, onde o ritmo e a musicalidade desempenham um papel central na construção da atmosfera emocional. No SMV-RM2, questões que envolvem poesia podem explorar essas figuras para testar sua capacidade de perceber as nuances sonoras e seus efeitos no texto. A aliteração, a assonância, a onomatopeia e a paronomásia são recursos poderosos que ajudam a dar vida ao texto, e dominar sua identificação. Ao revisar poesias e textos literários, procure por essas figuras e pratique sua análise.
Estratégias para Identificar Figuras de Linguagem na Prova
Aqui estão algumas estratégias eficazes para identificar figuras de linguagem durante a prova: A primeira e mais importante estratégia para identificar figuras de linguagem é a leitura atenta do texto. É necessário analisar o texto em busca de padrões de repetição, contraste ou elementos que se destaquem de forma não literal, essas são as pistas iniciais para identificar a figura de linguagem.
- Padrões de Repetição: Figuras como a anáfora (repetição no início de frases) e a aliteração (repetição de sons consonantais) podem ser identificadas rapidamente quando você percebe palavras ou sons que se repetem. Essas figuras criam ritmos que podem ser reconhecidos com mais facilidade.
- Padrões de Contraste: Figuras como antítese (oposição de ideias) e paradoxo (contradições que fazem sentido) aparecem quando há uma oposição explícita entre elementos. Se você encontrar frases que expressam ideias opostas ou aparentemente contraditórias, provavelmente estará lidando com uma dessas figuras.
Simulado Comentado no modelo das Provas SMV
A seguir, apresentamos questões comentadas, que exemplificam como identificar figuras de linguagem e como elas são cobradas na prova.
Questão 1: “A morte, com sua mão invisível, cortou-lhe o destino.” Qual figura de linguagem está presente na frase acima?
a) Metáfora b) Antítese c) Hipérbole d) Ironia e) Paradoxo
Questão 2: “Ele é mais alto que a Torre Eiffel.” Qual figura de linguagem está sendo utilizada nessa comparação?
a) Comparação b) Antítese c) Paradoxo d) Ironia e) Eufemismo
Questão 3: “Aquele espetáculo foi uma verdadeira obra-prima!” Qual figura de linguagem está sendo utilizada?
a) Hipérbole b) Metáfora c) Antítese d) Eufemismo e) Ironia
Gabarito:
Questão 1: Resposta correta: a) Metáfora – Comentário: Nesta frase, temos uma metáfora, pois o termo “mão invisível” não deve ser entendido de forma literal, mas como uma representação simbólica da ação da morte. A morte é descrita como algo que “corta” o destino de alguém, o que é uma metáfora para indicar a morte como um poder que interrompe a vida de alguém, sem que ela seja visível ou perceptível diretamente. Dica: A metáfora é uma comparação implícita, onde uma coisa é substituída por outra com a qual tem algo em comum. Aqui, a “mão invisível” substitui a ideia da morte de uma maneira mais expressiva e poética.
Questão 2: Resposta correta: a) Comparação – Comentário: Neste exemplo, a figura de linguagem é a comparação, pois o autor está estabelecendo uma relação explícita entre duas coisas através do uso de “que”, comparando a altura do sujeito com a Torre Eiffel. A comparação é caracterizada pela presença de uma palavra como “como”, “que”, “tal como” ou outra similar que faz a comparação entre dois elementos. Dica: A comparação é uma figura bem direta, onde uma coisa é comparada com outra de maneira explícita. No caso dessa questão, a comparação é feita entre a altura da pessoa e a altura da Torre Eiffel.
Questão 3: Resposta correta: a) Hipérbole – Comentário: Aqui, temos uma hipérbole, que é um exagero utilizado para dar ênfase a algo. Ao chamar o espetáculo de “verdadeira obra-prima”, a pessoa não está afirmando literalmente que o espetáculo é uma obra de arte no sentido técnico, mas está exagerando para expressar o quão impressionante foi o evento. A hipérbole é uma forma de enfatizar um ponto, muitas vezes de forma exagerada. Dica: A hipérbole é fácil de identificar quando o texto parece exagerar na descrição de algo. Nesse caso, “obra-prima” é um exagero para demonstrar o quanto o espetáculo foi excepcional.
Conclusão
Essas ferramentas linguísticas tornam a leitura mais rica e envolvente e podem ser cobradas de maneira estratégica. Ao entender as principais figuras de linguagem, como metáforas, metonímias e ironias, e saber como identificá-las com agilidade, você estará mais preparado. Neste artigo, buscamos fornecer as ferramentas necessárias para que você consiga revisar o conteúdo de maneira eficaz, dicas e exercícios comentados. Nosso objetivo é ajudar você a se sentir mais confiante e bem preparado, oferecendo material relevante e prático para cada etapa da sua preparação.
Na véspera da prova, lembre-se de revisar com calma. Evite o estresse, faça uma leitura tranquila dos seus resumos e revise as figuras de linguagem mais recorrentes. A preparação adequada é o caminho para o sucesso, e com persistência, você se sentirá cada vez mais seguro para enfrentar o concurso com confiança. Boa sorte nos seus estudos e na prova! Estamos torcendo por você!