Resumo de VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Para o Concurso de Oficiais Militares Temporários da Marinha do Brasil 

A interpretação de texto é um dos pilares centrais das provas do concurso para Oficiais Militares Temporários da Marinha do Brasil. Dentro desse contexto, compreender os conceitos de norma culta e linguagem coloquial, além de suas aplicações práticas, é essencial para acertar questões relacionadas à adequação vocabular e variação linguística. Este artigo aborda de forma detalhada como essas noções aparecem em diferentes gêneros textuais, como elas são cobradas nas provas e como dominar essas áreas pode fazer a diferença no seu desempenho. Com questões que demandam atenção ao contexto e à intenção do autor, esse tema exige do candidato não apenas conhecimento técnico, mas também sensibilidade para perceber nuances linguísticas.

Nesse cenário, a norma culta e a linguagem coloquial desempenham papéis importantes na construção de significados. Enquanto a norma culta é frequentemente associada à formalidade e precisão, a linguagem coloquial reflete a espontaneidade e a proximidade do discurso cotidiano. Saber identificar e interpretar esses registros é crucial para uma leitura eficaz e a resolução correta das questões de múltipla escolha.

Neste artigo, vamos explorar conceitos como as funções da linguagem, os diferentes tipos de variação linguística e o preconceito linguístico. Além disso, você encontrará estratégias práticas para compreender e aplicar esses conhecimentos no contexto da prova. Preparado? Vamos dominar juntos a adequação vocabular e a variação linguística!


Funções da Linguagem e Adequação ao Contexto

As funções da linguagem são instrumentos que nos ajudam a entender o objetivo principal de um texto ou discurso, orientando a forma como a mensagem é transmitida e recebida. Em provas de interpretação de texto, como as do concurso para Oficiais Militares Temporários da Marinha, identificar essas funções é essencial para compreender o propósito do autor e a adequação vocabular utilizada.


Funções da Linguagem

  1. Função Referencial (ou Informativa):
    • Objetivo: transmitir informações objetivas e dados concretos.
    • Exemplos: textos jornalísticos, manuais técnicos e relatórios.
    • Característica: uso predominante da norma culta.
  2. Função Emotiva (ou Expressiva):
    • Objetivo: expressar sentimentos, emoções ou opiniões do emissor.
    • Exemplos: poemas, cartas pessoais, discursos emocionais.
    • Característica: pode variar entre norma culta e coloquial, dependendo do contexto.
  3. Função Apelativa (ou Conativa):
    • Objetivo: persuadir ou influenciar o receptor a realizar uma ação.
    • Exemplos: propagandas, discursos motivacionais, manuais de instrução.
    • Característica: frequentemente utiliza uma linguagem clara e direta, podendo transitar entre o formal e o coloquial.
  4. Função Fática:
    • Objetivo: estabelecer ou manter a comunicação entre emissor e receptor.
    • Exemplos: cumprimentos, conversas informais, verificações de entendimento (“Está ouvindo?”).
    • Característica: geralmente emprega linguagem coloquial.
  5. Função Metalinguística:
    • Objetivo: explicar a linguagem por meio da própria linguagem.
    • Exemplos: dicionários, explicações gramaticais, reflexões sobre o uso da língua.
    • Característica: predomina a norma culta.
  6. Função Poética:
    • Objetivo: destacar a forma da mensagem e sua estética.
    • Exemplos: poesias, slogans publicitários, obras literárias.
    • Característica: pode mesclar elementos cultos e coloquiais para criar impacto.


Como a Função da Linguagem Influencia a Escolha Entre Norma Culta e Linguagem Coloquial

A função da linguagem determina o registro mais adequado para o contexto comunicativo. Por exemplo, em textos informativos e técnicos, espera-se o uso rigoroso da norma culta para garantir clareza e formalidade. Já em textos que visam criar proximidade ou emocionar, como crônicas ou poemas, a linguagem coloquial pode ser utilizada para transmitir autenticidade e conexão com o leitor.

Nas provas de interpretação de texto, o candidato deve analisar o gênero textual, o público-alvo e a intenção do autor para identificar a função predominante. Essa análise permitirá reconhecer se a escolha do registro linguístico — norma culta ou coloquial — está alinhada ao propósito do texto, ajudando a interpretar com precisão e responder às questões corretamente.


Variação Linguística: O Que Você Precisa Saber

A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre em todas as línguas. Ela se refere às diferenças no uso da língua, seja por variações geográficas, sociais, históricas ou contextuais. No concurso para Oficiais Militares Temporários da Marinha, compreender como a variação linguística funciona é essencial para interpretar corretamente os textos e garantir um bom desempenho nas questões de interpretação. Vamos entender melhor os tipos de variação linguística e como eles são cobrados nas provas.


Conceito de Variação Linguística

Variação linguística é o uso diferente da língua em contextos distintos, resultante de fatores sociais, geográficos e históricos. Em outras palavras, a forma como falamos e escrevemos pode variar dependendo de onde estamos, com quem estamos e em que época ou situação estamos nos comunicando. Esse fenômeno é normal e enriquece a língua, permitindo que ela se adapte às necessidades comunicativas de diferentes grupos sociais.


Tipos de Variação Linguística

  1. Variação Regional:
    • Relacionada ao lugar em que a pessoa vive.
    • Exemplos: o português falado no nordeste, sudeste ou no sul do Brasil pode apresentar diferenças, como o uso de palavras diferentes ou pronúncias distintas.
    • No concurso: você pode encontrar questões que envolvem a identificação de regionalismos ou palavras de uso mais comum em certas regiões do Brasil.
  2. Variação Social:
    • Relacionada à classe social, faixa etária, nível educacional ou grupo ao qual o indivíduo pertence.
    • Exemplos: o vocabulário e a estrutura das frases podem variar entre diferentes classes sociais ou entre jovens e idosos.
    • No concurso: é importante entender que diferentes tipos de público podem utilizar diferentes registros linguísticos. Questões podem testar sua habilidade de identificar essas variações.
  3. Variação Histórica:
    • Relacionada ao tempo e à evolução da língua.
    • Exemplos: palavras e expressões que eram comuns em outras épocas, mas caíram em desuso.
    • No concurso: questões podem trazer textos antigos ou repletos de arcaísmos, e é necessário identificar essas palavras e seus significados no contexto atual.
  4. Variação Situacional:
    • Relacionada à situação de comunicação: o contexto, o objetivo e o meio de comunicação.
    • Exemplos: a escolha da linguagem varia se você estiver conversando com um amigo, participando de uma reunião formal ou escrevendo uma carta de negócios.
    • No concurso: será comum a cobrança de como a variação linguística se adapta a diferentes gêneros textuais (como cartas formais, crônicas, discursos, etc.).


Como a Variação Linguística é Cobrada em Provas de Interpretação de Texto

Nos exames de interpretação de texto, como os aplicados no concurso da Marinha, você precisará identificar e entender as variações linguísticas presentes nos textos. Questões podem testar sua habilidade de perceber quando um texto está utilizando um registro formal (norma culta) ou informal (linguagem coloquial) e como essas variações se conectam ao propósito do autor.

Além disso, pode ser que você se depare com textos que envolvem regionalismos ou expressões de diferentes épocas, exigindo que você saiba interpretá-los corretamente dentro do contexto.


Exemplos de Questões que Podem Envolver Variação Linguística

  1. Questão sobre Regionalismos:
    “No trecho X, a palavra ‘arretado’ é uma expressão comum em algumas regiões do Brasil, mas qual é o significado dessa palavra em um contexto formal?”
    • Essa questão testa o seu entendimento sobre regionalismos e sua capacidade de interpretar palavras fora do contexto formal.
  2. Questão sobre Variação Social:
    “O autor do texto utiliza uma linguagem informal, o que sugere que o público-alvo do texto é predominantemente de qual faixa etária ou classe social?”
    • Esta questão examina sua habilidade em identificar a variação social no uso da linguagem.
  3. Questão sobre Variação Histórica:
    “O uso da expressão ‘Vossa Mercê’, presente no texto, é um exemplo de linguagem de que período histórico? Como ela se encaixa no contexto do texto?”
    • Aqui, a questão explora o seu conhecimento sobre arcaísmos e como eles se aplicam em textos antigos.
  4. Questão sobre Variação Situacional:
    “O autor escolhe uma linguagem mais coloquial no início do texto, mas em determinado ponto faz uma mudança para um tom mais formal. Qual é a razão dessa mudança e como ela se relaciona com o contexto?”
    • Essa questão exige a análise do contexto situacional e como a variação linguística reflete diferentes propósitos ao longo do texto.

Compreender e identificar os diferentes tipos de variação linguística é um passo importante para interpretar e responder adequadamente às questões do concurso. Ao estudar essas variações e praticar a interpretação de textos com diferentes registros, você estará mais preparado para enfrentar as questões que envolvem esse tema na prova.


Gêneros Textuais e Variação Linguística

Os gêneros textuais são formas de organização da linguagem que se adaptam ao propósito comunicativo e ao contexto em que são usados. Cada gênero tem características próprias de linguagem, estrutura e estilo, e é fundamental entender como esses aspectos se relacionam com a variação linguística para interpretar corretamente os textos em provas como as do concurso para Oficiais Militares Temporários da Marinha.


Como Diferentes Gêneros Textuais Apresentam Variações Linguísticas

  1. Notícia:
    • Linguagem predominante: norma culta, objetiva e impessoal.
    • Variação linguística: Em notícias, a norma culta é preferencial para garantir a clareza e a precisão das informações. A linguagem deve ser formal, mas ao mesmo tempo acessível ao público. Embora não haja espaço para o uso de gírias ou regionalismos, pode haver algumas variações no estilo conforme o veículo de comunicação (jornais locais ou nacionais) e o público-alvo.
    • Exemplo: “O presidente anunciou, ontem, novas medidas econômicas que visam combater a inflação.”
  2. Crônica:
    • Linguagem predominante: mistura entre norma culta e linguagem coloquial.
    • Variação linguística: A crônica é um gênero que permite maior liberdade de expressão e, por isso, frequentemente mistura a norma culta com elementos da linguagem coloquial, especialmente quando o autor deseja se aproximar do leitor e criar um tom mais informal e descontraído. O uso de expressões regionais ou populares pode ocorrer, refletindo a oralidade.
    • Exemplo: “Pois é, todo dia é isso, a vida vai indo, mas ninguém sabe direito pra onde.”
  3. Carta Formal:
    • Linguagem predominante: norma culta, formal e estruturada.
    • Variação linguística: Em uma carta formal, a norma culta é indispensável. O vocabulário é preciso, o tom é respeitoso e a estrutura é rígida, seguindo convenções que indicam o propósito de comunicação oficial, como em solicitações, propostas ou reclamações. Não se espera o uso de gírias ou expressões informais, e o estilo deve refletir a seriedade da situação.
    • Exemplo: “Prezado Senhor, venho por meio desta solicitar a revisão de minha solicitação encaminhada no mês anterior.”
  4. Discurso:
    • Linguagem predominante: varia entre norma culta e coloquial, dependendo do contexto.
    • Variação linguística: Os discursos podem ter uma abordagem formal ou mais descontraída, dependendo do público e do objetivo do discurso. Em discursos formais (políticos, acadêmicos), a norma culta é a escolha mais apropriada, enquanto discursos informais (motivacionais, populares) podem adotar um tom mais coloquial para criar empatia com a audiência.
    • Exemplo (formal): “É com grande honra que me apresento diante de todos para discutir os rumos da nossa nação.”
    • Exemplo (informal): “Gente, estamos juntos nessa jornada, e acreditem, a vitória é nossa!”


Análise de Como a Norma Culta e Linguagem Coloquial Aparecem em Diferentes Gêneros

Cada gênero textual tem um estilo que se adapta ao seu propósito, e a variação linguística é um reflexo dessa adaptação. No caso da norma culta, ela é mais utilizada em textos formais, como notícias e cartas, para garantir objetividade, clareza e respeito ao leitor. Já a linguagem coloquial é mais flexível, comumente usada em crônicas e discursos informais, onde o autor pode buscar uma aproximação emocional com o público.

No concurso para a Marinha, é importante reconhecer essas variações, pois as questões de interpretação de texto frequentemente exigem a identificação do gênero textual e a compreensão de como ele influencia o uso da língua. Saber quando a norma culta é necessária e quando a linguagem coloquial pode ser apropriada é um diferencial para interpretar corretamente o texto e responder às questões de forma assertiva.


Preconceito Linguístico e Variação

A variação linguística, como já vimos, é um fenômeno natural da língua, mas, infelizmente, ela muitas vezes está envolta em preconceito. Em nossa sociedade, há uma tendência de valorizar a norma culta em detrimento de outros registros linguísticos, como o coloquial ou o regional, levando à marginalização de formas de expressão que não se alinham com os padrões “oficiais”. Esse preconceito linguístico pode se refletir na forma como a linguagem é percebida e avaliada, tanto no dia a dia quanto em contextos formais, como o concurso da Marinha.


O Preconceito Linguístico e a Valorização da Norma Culta em Contextos Formais

O preconceito linguístico ocorre quando algumas formas de expressão são vistas como inferiores ou erradas, simplesmente por se desviarem da norma culta. Muitas vezes, isso está relacionado à ideia de que a norma culta representa o “certo” ou “educado”, enquanto as variantes linguísticas informais ou regionais são associadas à falta de educação ou sofisticação.

Esse tipo de discriminação é particularmente forte em contextos formais, como o mundo acadêmico, o mercado de trabalho e, é claro, em provas de concurso. A norma culta é considerada o padrão em situações oficiais e profissionais, e é por isso que em exames como o da Marinha, a exigência por esse registro é comum. No entanto, isso não significa que a linguagem coloquial ou os regionalismos sejam errados, apenas que, em determinados contextos, a norma culta é mais adequada.

Porém, o preconceito linguístico é um reflexo de uma visão limitada e simplista sobre a língua. Toda variação linguística tem seu valor, e é essencial que, como candidatos, saibamos reconhecer a importância de cada forma de linguagem em seu contexto.


Como Superar Estereótipos Linguísticos na Interpretação de Textos da Prova

Ao lidar com a interpretação de textos na prova, é fundamental separar o conceito de “norma culta” da ideia de “linguagem correta”. A primeira é uma convenção para situações formais, mas isso não faz da linguagem coloquial, regional ou popular algo “errado” ou “menos digno”. No concurso, você será desafiado a reconhecer quando é necessário usar a norma culta e quando a variação coloquial ou regional é aceitável, e isso deve ser feito com respeito à diversidade linguística.

Aqui estão algumas dicas para superar o preconceito linguístico e lidar com a variação linguística de maneira eficaz durante a prova:

  1. Compreenda o Contexto do Texto:
    Cada texto tem um propósito e um público-alvo. Em contextos mais formais, como documentos oficiais, espera-se a norma culta, mas em textos informais, como crônicas e discursos, a linguagem coloquial pode ser usada para criar uma conexão mais próxima com o leitor. A chave é identificar o gênero textual e entender qual forma de linguagem o autor está utilizando para alcançar seu objetivo.
  2. Evite Julgar a Linguagem de Forma Redutora:
    Lembre-se de que todas as formas de linguagem têm seu valor. Não desconsidere uma variação regional ou uma expressão coloquial só porque ela não está alinhada com a norma culta. Ao interpretar um texto, procure compreender o significado e a intenção por trás de cada escolha linguística.
  3. Treine sua Capacidade de Identificar o Registro Linguístico:
    Ao estudar para o concurso, pratique a leitura de diferentes gêneros textuais. Analise como a norma culta e a linguagem coloquial são usadas em contextos específicos e como essas escolhas influenciam o significado do texto. Quanto mais você se familiarizar com essas variações, mais fácil será identificar o registro adequado durante a prova.
  4. Desafie os Estereótipos Linguísticos:
    Ao interpretar um texto, procure não cair nos estereótipos de que certas expressões ou registros são “menos corretos” que outros. Foque na intenção do autor e na adequação do registro ao contexto, sem permitir que preconceitos linguísticos influenciem sua análise.

Ao seguir essas diretrizes, você poderá superar o preconceito linguístico e compreender a variação linguística de forma mais completa e justa. Isso não só ajudará a interpretar corretamente os textos na prova, mas também o preparará para ser um leitor mais consciente e respeitoso com as diversas formas de expressão da língua portuguesa.


Conclusão

Ao longo deste artigo, exploramos a importância da norma culta, da linguagem coloquial e da variação linguística no contexto das provas de interpretação de texto do concurso para Oficiais Militares Temporários da Marinha. Entendemos que a escolha entre norma culta e linguagem coloquial não é apenas uma questão de formalidade ou informalidade, mas sim uma adaptação ao contexto e ao propósito do texto, algo que se reflete diretamente nas questões de interpretação. Além disso, vimos como a variação linguística, seja regional, social, histórica ou situacional, desempenha um papel fundamental na compreensão e análise de textos.

O domínio dessas questões é essencial para o sucesso nas provas, já que os textos da Marinha exigem uma interpretação cuidadosa dos registros linguísticos utilizados. A capacidade de identificar e compreender as variações linguísticas, além de saber quando a norma culta é necessária, é uma habilidade valiosa que fará a diferença na hora de responder às questões.

Agora, é hora de continuar a sua preparação! Estudar de forma contínua e prática é a chave para se destacar. Exercícios baseados em provas anteriores são uma excelente forma de solidificar seu aprendizado e melhorar sua habilidade de interpretar textos. Dedique-se à prática, leia diversos gêneros textuais e identifique as variações linguísticas em cada um deles. Essa preparação constante vai aprimorar suas habilidades de interpretação e te colocar cada vez mais próximo do seu objetivo.

Por fim, lembre-se de que, com dedicação, paciência e a compreensão das estratégias que discutimos aqui, você tem tudo o que precisa para alcançar um excelente desempenho no concurso. O caminho pode parecer desafiador, mas cada esforço que você faz o aproxima mais da sua meta. Você está no caminho certo – continue firme, e o sucesso será a recompensa!

Boa sorte e sucesso na sua jornada rumo ao concurso!

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