Fonologia para gabaritar no Concurso de Oficiais Temporários da Marinha: Fonema x Letra. – Fonemas Vocálicos, Semivocálicos e Consonantais.

Tópicos Abordados no Artigo:

Introdução
Fonologia
Fonema x Letra
O que é Fonema?
E o que é Letra?
Diferenças e Relações Importantes
O Número de Letras e Fonemas Pode Não Ser o Mesmo
Classificação dos Fonemas
A) Fonema Vocálico – Vogais
B) Fonemas Semivocálicos – Semivogais
C) Fonemas Consonantais – Consoantes
Por que isso é importante para o Concurso?
Conclusão

Introdução

FONOLOGIA cai no Concurso de Oficiais Temporários da Marinha? Alguns candidatos costumam ter essa dúvida, pois a palavra “Fonologia” não aparece claramente no conteúdo programático da marinha, mas sim, ela está embutida no termo do edital:Sistema ortográfico em vigor”. A Fonologia já foi cobrada em questões de anos anteriores, e é uma parte importante do conteúdo cobrado pela banca, além de que ela é necessária para basear a compreensão de divisão silábica e posteriormente de acentuação gráfica e também é cobrada na compreensão ortográfica.

Para quem deseja se preparar para a prova de língua portuguesa de Oficiais Temporários da Marinha, acompanhe os artigos do blog, estude para gabaritar as questões e não apenas para acertar o mínimo. Tenha a mentalidade correta, e maratona nosso site, para sempre receber artigos fresquinhos que podem complementar seus estudos. Aqui seguimos a bibliografia da Marinha exigida no edital, e sempre complementando com outras bibliografias quando necessário. Relembrando a teoria e mostrando como a banca costuma trazer os assuntos nas provas. 

Hoje abordaremos o assunto base do português, a fonologia, destacando o que você precisa saber para a prova. Bons Estudos!


Fonologia

A Fonologia (sons e pronúncia) está ligada à fonética, separação silábica, encontros vocálicos, encontros consonantais e acentuação, são assuntos interdependentes.

Fonologia é o estudo dos fonemas (sons) da língua e as sílabas que esses fonemas formam. A fonologia é composta por: 

  • Ortografia = estudo da forma escrita das palavras.
  • Ortoépia = estudo da pronúncia e articulação dos vocábulos; 
  • Prosódia = estudo da acentuação tônica dos vocábulos;e 

Fonema x Letra

  • Fonema é o som.
  • Letra é o símbolo gráfico representativo do som.

Portanto, são coisas diferentes.

Você sabia que nem sempre o que escrevemos corresponde exatamente ao que pronunciamos? Essa diferença entre a fala e a escrita é explicada pelos conceitos de fonema e letra, fundamentais para entender a Língua Portuguesa e, claro, para quem está se preparando para o Concurso Militar do SMV-RM2!

O que é Fonema?

O fonema é o som da língua, a menor unidade sonora capaz de distinguir uma palavra da outra. 

Exemplo: 

  • Amor – Ator;
  • Cento – Vento;
  • Pato – Bato – Mato – o som inicial é diferente e, por isso, temos três fonemas distintos: /p/, /b/ e /m/
  • Corro – Morro. – o som inicial é diferente, fonemas distintos: /c/ e /m/

E o que é Letra?

A letra, por sua vez, é a representação gráfica do fonema, ou seja, o símbolo que usamos na escrita. No alfabeto português, temos 26 letras, mas os fonemas podem ser em maior número, já que uma única letra pode representar sons diferentes, e um mesmo som pode ser representado por letras distintas.

Diferenças e Relações Importantes

  • Um fonema pode ser representado por mais de uma letra:
    Ex.: O som /s/ pode ser grafado como “s” (casa), “ss” (massa), “ç” (açaí) ou “c” (certo).
  • Há letras que não representam fonema algum (letras mudas):
    Ex.: A letra “h” em “hoje” não possui som.
A mesma Letra pode representar vários Fonemas. Exemplos:Várias Letras podem representar o mesmo Fonema. Exemplos:
Letra S com:
Fonema /z/  (lê-se ):  Brasa
Fonema /s/ (lê-se ): Sapo

Letra X com:
Fonema /sê/:  Texto
Fonema /zê/: Exibir, exame
Fonema /chê/:  Enxame
Fonema /ks/: Táx
Fonema /z/ (lê-se ) representado pelas Letras z, s, x:
Letra z (lê-se ):  Zebra
Letra s (lê-se ): Casamento
Letra x (lê-se ): Exílio

Fonema /s/ (lê-se ) representado pelas Letras ss, ç ou c:
Letra ss (lê-se ): Massa
Letra ç (lê-se ): Aç
Letra c (lê-se ): Certo

O Número de Letras e Fonemas Pode Não Ser o Mesmo

Você já percebeu que, em muitas palavras da Língua Portuguesa, a quantidade de letras não corresponde à quantidade de fonemas? Essa diferença é um dos aspectos mais fascinantes da nossa língua e também um ponto que pode aparecer em provas como o Concurso SMV-RM2. Vamos entender melhor!

Por que isso acontece?
A relação entre letras (representação gráfica) e fonemas (sons) não é direta nem uniforme, pois nem toda letra representa um som, e alguns sons podem ser formados por combinações de letras.

Exemplos:

  1. Letras que não representam fonemas (letras mudas):
    • A letra “h” em palavras como hoje ou homem não tem som.
    • Hoje – 4 letras, O-j-e – 3 fonemas 
    • Hora – 4 letras, O-r-a – 3 fonemas (h não tem som) – (A letra h, ao iniciar uma palavra, não tem som, ou seja, não representa fonema).
  2. Uma única letra representando dois fonemas:
    • A letra “x” em palavras como táxi equivale a dois sons: /k/ e /s/.
    • Táxi – 4 letras, T-á-ks-i – 5 fonemas (letra x com som de “ks”)
  3. Duas letras representando um único fonema (dígrafos):
    • Combinações como nh (banho), ch (chuva), lh (milho) representam um único som.
    • Chuva – 5 letras, Ch-u-v-a e 4 fonemas: /ch/ /u/ /v/ /a/
    • Galho – 5 letras, G-a-lh-o – 4 fonemas (h não tem som)
Letras M e N

As letras m e n, em determinadas palavras, indicam a nasalização das vogais que as antecedem, portanto não representam fonemas, são dígrafos vocálicos.

Compra – 6 letras, C-õ-p-r-a – 5 fonemas (letra “m” indica nasalização da vogal “o”)
Conta – 5 letras, C-õ-t-a – 4 fonemas (letra “n” indica nasalização da vogal “o”)

Como Isso Cai na Prova? Esses casos são cobrados em questões que pedem a identificação de:

Dígrafos vocálicos: Combinações de uma vogal com “m” ou “n” que formam um único som nasal.

Quantidade de letras e fonemas: Exigem que o candidato saiba diferenciar o número de símbolos gráficos (letras) do número de sons (fonemas).

Dica Importante: Sempre que as letras “m” ou “n” aparecerem após uma vogal e antes de uma consoante ou no final da sílaba, elas provavelmente estão cumprindo a função de nasalização, e não representam fonemas próprios.

Classificação dos Fonemas : 

Para compreender como eles se organizam e desempenham diferentes funções, é essencial conhecer sua classificação. Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

  • Vogais:
    • Orais ou Nasais; 
    • Átonas ou Tônicas; e
    • Abertas ou Fechadas.
  • Semivogais
  • Consoantes.
    • Sonoras ou Surdas;
    • Nasais ou Líquidas;
    • Compostas

A) Fonema Vocálico – Vogais: 

São os sons (fonemas sonoros) produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em português, eles atuam como o núcleo das sílabas, o que implica que cada sílaba possui obrigatoriamente uma única vogal. Durante a articulação das vogais, a boca permanece aberta ou ligeiramente entreaberta.

As vogais podem ser: (Orais ou Nasais; Átonas ou Tônicas; e Abertas ou Fechadas.):

Orais: Quando o som é emitido apenas pela boca. Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. Ou seja, para identificar um fonema vocálico oral, basta verificar se o som da vogal é emitido apenas pela boca, sem qualquer ressonância nasal.

Exemplo: 

  • casa – /a/ (duas vezes)
  • dedo – /e/ e /o/ – As vogais “e” e “o” são orais.
  • vida – /i/ e /a/.
  • sol –  /o/
  • pato – /a/ e /o/.

Nasais: o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. O til é sinal de nasalização (não é acento). As letras m e n não representam fonemas, indicam a nasalização das vogais que as antecedem, são dígrafos vocálicos. 

Exemplos:

  • /ã/: fã, canto, tampa, mão;
  • /~e/: dente, tempero;
  • / ~i/: lindo, mim;
  • /õ/: bonde, tombo, põe;
  • /~u/: nunca, algum.

Átonos ou Tônicos, dependendo da intensidade com que são pronunciados na palavra. Entender essa diferença é fundamental para analisar a acentuação e a prosódia.

Átonas: São os fonemas pronunciados com menor intensidade, sem destaque na palavra.

Exemplo:

  • Até → O fonema /a/ é átonos, enquanto o /é/ é tônico.
  • Bola. → O fonema /o/ é átonos, enquanto o /a/ é tônico.
  • Caderno → Os fonemas /a/ e /e/ são átonos, enquanto o /é/ é tônico.
  • Telefone → Os fonemas /e/ na primeira e terceira sílabas são átonos, enquanto o /ô/ é tônico.

Tônicas: fonema pronunciado com maior intensidade em uma palavra, ou seja, aquele que recebe a ênfase na fala.

Exemplo:

  • Café → O fonema /é/ é tônico, pois é pronunciado com mais força.
  • Porta → O fonema /ó/ é tônico, pois recebe a maior intensidade.
Exemplos de Palavras com Análise quanto à vogais Átonas ou Tônicas:
Palavra: banana
Fonema tônico: /a/ (na segunda sílaba).
Fonemas átonos: /a/ (na primeira e na terceira sílabas).

Palavra: janela
Fonema tônico: /é/ (na segunda sílaba).
Fonemas átonos: /a/ (na primeira sílaba) e /a/ (na terceira sílaba).

Palavra: chocolate
Fonema tônico: /á/ (na terceira sílaba).
Fonemas átonos: /o/, /o/ e /e/.

Palavra: cachorro
Fonema tônico: /ô/ (na segunda sílaba).
Fonemas átonos: /a/ e /o/.

Abertos ou fechados, dependendo da posição da língua e do grau de abertura da boca durante sua emissão. Essa classificação é importante para compreender a pronúncia correta das palavras e as diferenças que elas podem apresentar em determinadas regiões ou contextos.

Abertas: As vogais abertas são aquelas pronunciadas com a boca mais aberta e a língua em uma posição mais baixa. Esse tipo de vogal apresenta um som mais “aberto”.

Exemplo: 

  • → O fonema /é/ é aberto.
  • → O fonema /ó/ é aberto.
  • ideia → O fonema /é/ (na segunda sílaba) é aberto.
  • mel → O fonema /é/ (na única sílaba) é aberto.
  • constrói → O fonema /ó/ (na segunda sílaba) é aberto.
  • heroico. → O fonema /ó/ (na segunda sílaba) é aberto.

Fechadas: As vogais fechadas são pronunciadas com a boca mais fechada e a língua em uma posição mais alta. O som é mais “fechado”.

Exemplo: 

  • você → O fonema /ê/ é fechado.
  • avô → O fonema /ô/ é fechado.
  • bolo → O fonema /ô/ (na primeira sílaba) é fechado.
Exemplos de Palavras com Análise quanto à vogais Abertas ou Fechadas:

Palavra: café
Vogal aberta: /é/ (na segunda sílaba).

Palavra: você
Vogal fechada: /ê/ (na segunda sílaba).

Palavra: avó
Vogal aberta: /ó/ (na segunda sílaba).

Palavra: avô
Vogal fechada: /ô/ (na segunda sílaba).

Palavra: médico
Vogal aberta: /é/ (na primeira sílaba).
Vogais fechadas: /i/ (na segunda sílaba) e /o/ (na terceira sílaba).

Palavra: você
Vogal fechada: /ê/ (na segunda sílaba).


B) Fonemas Semivocálicos – Semivogais:

As semivogais são fonemas que, assim como as vogais, são produzidos sem obstrução no trato vocal, mas com menor intensidade, tendo uma sonoridade intermediária entre as vogais e as consoantes.

Os fonemas /i/ e /u/ nem sempre são vogais, podem ser semivogais que estarão sempre acompanhando uma vogal que será o núcleo da sílaba e, juntos, formam uma única emissão de voz (uma sílaba). As semivogais nunca formam sílabas por si mesmas, mas acompanham uma vogal em uma mesma sílaba, formando ditongos. Esse fenômeno é muito comum na Língua Portuguesa e entender seu funcionamento é essencial para a correta pronúncia e análise fonética das palavras.

Na palavra pai, o fonema vocálico que se sobressai é o a, sendo ele a vogal. Já o fonema vocálico i, não é tão forte, é a semivogal. Exemplo: Saudade, história, amei, água

Observação: os fonemas (semivogais) /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por “e”, “o” ou “m”.  Exemplo:

  • es (lê-se: pãis )
  • o (lê-se: mãu)
  • tem (lê-se: te~i)
  • também (lê-se: tãbé~i )
  • falaram (lê-se: falara~u )
  • falam (lê-se:fala~u )
Exemplos de Palavras com Análise quanto à Fonemas Semivocálicos

Palavra: Caiu
Fonema semivocálico: /u/ (na última sílaba, acompanhado da vogal /i/).
Análise: O fonema /u/ é uma semivogal, acompanhando a vogal /i/ para formar o ditongo “iu”.

Palavra: Céu
Fonema semivocálico: /u/ (na última sílaba, acompanhado da vogal /é/).
Análise: O fonema /u/ é uma semivogal, formando o ditongo “éu”.

Palavra: Ideia
Fonema semivocálico: /i/ (na última sílaba, acompanhado da vogal /e/).
Análise: O fonema /i/ é uma semivogal, formando o ditongo “ei”.


C) Fonemas Consonantais – Consoantes:

Os fonemas consonantais são as unidades sonoras que, ao contrário das vogais, envolvem algum tipo de obstrução ou estreitamento no trato vocal. Eles são produzidos com a interação de diferentes partes da boca (lábios, dentes, língua, palato) e têm um papel fundamental na formação das palavras e na clareza da comunicação.

As consoantes consoam (“soam com”) as vogais, pois não podem atuar como núcleos silábicos, já que seus sons parecem “ruídos“, pois a corrente de ar encontra obstáculos ao passar pela boca. 

Exemplo: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/ etc

 As Consoantes podem ser:

As consoantes desempenham um papel crucial na sonoridade das palavras e em sua identificação fonética. Elas são fonemas produzidos com alguma obstrução ou modificação do fluxo de ar nas vias respiratórias, sendo divididas em categorias que ajudam a entender melhor sua formação e pronúncia. Uma dessas classificações importantes é entre consoantes sonoras e consoantes surdas, que se distinguem pela vibração das cordas vocais durante sua produção.

Consoantes Sonoras: são aquelas que são produzidas com a vibração das cordas vocais. Esse fenômeno faz com que o som da consoante seja mais “forte” e “pleno”, já que a vibração contribui para uma maior ressonância. As cordas vocais se aproximam e vibram, permitindo que o som seja mais audível. 

Exemplo de Consoantes Sonoras: 

  •  /b/, /d/, /g/, /z/, /v/, /j/, entre outras.
  • Palavra: bola
    • Fonema: /b/
    • Análise: O fonema /b/ é uma consoante sonora, pois exige a vibração das cordas vocais para ser pronunciado.
  • Palavra: doce
    • Fonema: /d/
    • Análise: O fonema /d/ é sonoro, pois há a vibração das cordas vocais quando o som é emitido.
  • Palavra: boca
    • Fonema: /b/ 
    • Análise: O fonema /b/ é sonoro, pois a vibração das cordas vocais é necessária para sua produção.

Consoantes Surdas: São aquelas produzidas sem a vibração das cordas vocais.

Exemplo de Consoantes Surdas: 

  • /p/, /t/, /k/, /s/, /f/, /x/, entre outras.
  • Palavra: pato
    • Fonema: /p/
    • Análise: O fonema /p/ é surdo, porque é pronunciado sem a vibração das cordas vocais.
  • Palavra: casa
    • Fonema: /s/
    • Análise: O fonema /s/ é surdo, sem a ressonância das cordas vocais, criando um som suave, mas sem vibração vocal.

Consoantes Nasais: são aquelas que exigem a passagem do ar pelo nariz para sua produção, e sua ortografia muitas vezes é confundida. As consoantes nasais mais comuns são /m/, /n/ e /nh/:

Exemplo de Consoantes Nasal: 

  • Consoantes Nasal: /m/
    A letra “m” indica a nasalização quando aparece no início da sílaba ou no final de palavras, como em “mãe” ou “campo”. A nasalização acontece pela passagem do ar pela cavidade nasal.
    • mãe → O som do /m/ é nasal.
  • Consoantes Nasal: /n/
    O “n” nasaliza o som da vogal que o acompanha, como em “bonito” ou “nuvem”. Em palavras com a combinação “ão” ou “ões”, o “n” também marca a nasalização.
    • nuvem → O som do /n/ é nasal, como em “mãe”.
  • Consoantes Nasal: /nh/
    O digrafo “nh” também indica um som nasal, como no caso de “caminho” ou “cozinha”.
    • caminho → O fonema /nh/ forma um som nasal, comum em palavras terminadas com “nh”.

Consoantes Líquidas: As consoantes líquidas têm um som mais suave e fluido. Elas podem ser laterais ou vibrantes, e são produzidas com uma vibração leve da língua. As consoantes líquidas mais comuns são /l/, /r/, /rr/, /r’/.

Exemplo de Consoantes Líquidas: 

  • Consoante Líquida: /l/
    A consoante “l” é uma líquida lateral, e está presente em palavras como “leite” e “luz”. Quando aparece no início ou no meio da palavra, tem um som fluido.
    • leite → O som do /l/ é suave e fluido, característico das líquidas.
  • Consoante Líquida: /r/
    A consoante “r” pode ser pronunciada de diferentes formas, dependendo da região, mas é sempre líquida. Quando está no início das palavras, tem um som vibrante, como em “rato” ou “reunião”.
    • rato → O som do /r/ no início da palavra é vibrante.
  • Consoante Líquida: /rr/
    O “rr” produz um som forte e vibrante, como em “carro” ou “terra”.
    • carro → O fonema /rr/ tem uma sonoridade vibrante, comum em palavras com esse digrafo.

Consoantes Compostas: As consoantes compostas envolvem dois fonemas que são combinados para formar um único som. Alguns dos principais casos de consoantes compostas são os dígrafos, que são combinações de duas letras que representam um som único.

Exemplo de Consoantes Compostas: 

  • Consoante Composta: /ch/
    O digrafo “ch” representa o som /ʃ/ (como em “chuva” ou “chave”). A escrita de palavras com “ch” exige cuidado, pois, em algumas regiões, a pronúncia pode ser confundida com o “s” ou o “x”.
    • chuva → O som do digrafo /ch/ é “sh”.
  • Consoante Composta: /ss/
    O “ss” representa o som /s/ forte, como em “passar” ou “massa”.
    • passar → O som do /ss/ é o /s/ forte, comum em palavras com esse digrafo.
  • Consoante Composta: /sc/ e /sç/
    Quando a combinação “sc” ou “sç” aparece, o som gerado é semelhante ao “s” em palavras como “escada” e “nascer”.
    • escada → O som do “sc” é como o /s/ forte.


Por que isso é importante para o Concurso?

A identificação de vogais orais ou nasais,  átonas ou tônicas e abertos ou fechados e também de Fonemas Semivocálicos e Fonemas Consonantais são essenciais para questões que abordam:

  • Acentuação gráfica e tonicidade, que podem depender da presença de consoantes sonoras ou surdas nas palavras.
  • Fenômenos linguísticos, como redução, alteração de vogais átonas.
  • Prosódia e sua aplicação prática no reconhecimento da pronúncia correta das palavras, acentuação prosódica.
  • Análise fonológica de palavras 
  • Divisão das sílabas.
  • Compreensão de questões de ortografia, especialmente aquelas que envolvem sons de consoantes nasais, líquidas e compostas.

Conclusão

Neste artigo, abordamos conceitos essenciais para o domínio da fonologia, com foco nas diferenças entre fonema e letra e na classificação dos fonemas em vocálicos, semivocálicos e consonantais. Essa compreensão é crucial para aprimorar sua habilidade em resolver questões de ortografia, acentuação e fonologia no Concurso SMV-RM2.

Entender que fonemas são os sons produzidos na fala e que letras são os símbolos gráficos usados para representá-los permite que você consiga fazer uma análise mais precisa da língua, especialmente em aspectos como a nasalização das vogais ou a sonoridade das consoantes.

Além disso, a classificação dos fonemas em vocálicos, semivocálicos e consonantais amplia seu entendimento sobre como as palavras são formadas e como essas unidades sonoras afetam tanto a pronúncia quanto a escrita das palavras.

Com essas bases teóricas, você se torna mais preparado para lidar com as nuances da língua portuguesa, o que é fundamental para o sucesso no concurso. A compreensão clara desses conceitos vai te ajudar não só a melhorar suas habilidades de leitura e interpretação, mas também a evitar erros comuns de ortografia e acentuação. Fique atento às próximas seções do nosso blog, onde vamos continuar a descomplicar o estudo da Língua Portuguesa e ajudá-lo a alcançar a aprovação no Concurso SMV-RM2.

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